Arcade

Os Arcades, conhecidos no Brasil como Fliperamas, nasceram oficialmente em 1966, com o game Periscope, lançado pela SEGA. O game era bastante rudimentar, mas tentava simular um submarino, com elementos de tiro com "light gun". Com o passar dos anos os fliperamas tiveram grande evolução tecnológica, atingindo seu ápice nos 80.

 

Para todos que viveram a adolescência no final dos anos 80 ou durante a década de 90, ao pensar nas grandes casas de fliperamas da época, ótimas lembranças inevitavelmente invadem a mente. Como não sorrir ao lembrar dos áureos tempos de Playland e tantas outras lojas espalhadas pelo Brasil a fora, algumas glamurosas como os grandes complexos, outras nem tanto como os grandes butecos. Pelo saudosismo nas minhas palavras já se percebe que esse tipo de diversão não está mais disponível dessa forma, né? Surge então o VGDB para tentar explicar as razões pelo qual isso aconteceu.

 

Antigamente as casas de fliperama (arcades) eram os únicos locais onde se poderia jogar aparelhos de ponta, pois os console caseiros eram muito mais simples, sendo que na maioria das vezes contavam apenas com versões empobrecidas dos maravilhosos jogos disponíveis nos arcades. Como era grande a diferença de jogar Tartarugas Ninja no “fliper” ou jogar no Nintendinho, né?

 

Veio então as máquinas Neo Geo e seu arcade MVS. Com o sucesso, a SNK lançou também as versões caseiras do console, conhecidas como AES, que traziam para dentro de casa versões idênticas dos seus jogos de arcade. Mas devido ao seu preço elevado (tanto de console quanto dos cartuchos), era um privilégio de poucos poder usufruir de uma máquina dessas. A salvação eram as locadoras, que proporcionavam a jogatina "por hora" dessas belezuras.

 

A grande diferença de qualidade entre os arcades e os consoles caseiros começou a mudar para a maioria dos gamers no meio da década de 90 com o lançamento do Sony PlayStation e do Sega Saturn, que possuíam versões muito próximas das encontradas nos fliperamas (tais como Tekken e Virtua Fighter) e acabou se consolidando alguns anos depois (1998), com o lançamento do Sega Dreamcast.

 

O Dreamcast nesse sentido foi extremamente revolucionário, pois trazia versões idênticas aos arcades para dentro de casa. Soul Calibur, Sega Rally 2, Sega Bass Fishing, Virtua Striker 2 e muitos outros. Inclusive várias casas de fliperama da época tinham gabinetes que no seu interior rodava um dreamcast ao invés do arcade original, tamanha era a semelhança dos jogos arcade com os desse console. A partir daí os arcades foram aos poucos abandonados no Brasil.

 

Outro fator que contribuiu para a queda do interesse do público aos arcades foram as lan-houses, principalmente quando chegou a febre do jogo Counterstrike, que levava milhares de gamers a ficar horas a fio grudados nos monitores. Hoje as lan-houses também estão praticamente extintas, principalmente pelo aumento da qualidade da jogatina online, mas isso é assunto para outra matéria.

 

Hoje o único mercado aquecido de arcade é o mercado japonês, pelas peculiaridades existentes naquele país. Aqui no Brasil não se vê mais lançamentos de novos fliperamas e as casas especializadas no ramo que conseguiram se manter ou possuem aparelhos antigos e pouco atrativos ao público ou simplesmente mudaram o foco do seu negócio, apostando em brinquedos voltados ao público mais infantil.

 

Porém, nem tudo é notícia ruim. Apesar de praticamente não existirem mais lançamentos na área de fliperamas, temos toda a qualidade dos arcades à disposição em nossa casa, com consoles maravilhosos que possuem gráficos e jogabilidade de primeira, tais como os da atual geração: Xbox One, Playstation 4 e o Wii U.

 

E ainda temos a emulação, que possibilita jogar praticamente todos os arcades de antigamente no conforto de nossas casas, sem gastar um tostão sequer, destacando-se o emulados MAME – Multiple Arcade Machine Emulator. Se lembrarmos o tanto que gastávamos em “fichas” na época de ouro dos fliperamas, isso dá uma bela economia.

 

Fotos artísticas do Pedrux do Club 16-bit.

  • Outros Nomes: Fliperama
  • Ano Lançamento: 1966
  • Data / Regiões de Lançamento:
  • Brasil
  • Europa
  • Japão
  • Estados Unidos
  • Fabricante: Várias

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