Toy Story 2: Buzz Lightyear to the Rescue ainda é um bom game?

Por Victor Ponciani

Anos atrás, quase sempre que um filme blockbuster era lançado, um game acabava surgindo junto. Infelizmente, a qualidade era frequentemente duvidosa, mas se você cavar fundo o suficiente em meio a pilha de lixo de empresas como LJN entre outras, você poderia achar ouro.

Em novembro de 1999, Toy Story 2: Buzz Lightyear to the Rescue teve seu lançamento para PS1, Nintendo 64, Windows e, mais tarde, para o Sega Dreamcast

Mas será que este game é tão bom quanto eu achava, ou é apenas a nostalgia falando?

A premissa de Toy Story 2

A história do jogo é a mesma do filme: Woody é sequestrado pelo Homem-Galinha, então temos que atravessar a cidade como Buzz enfrentando inimigos para trazer nosso amigo de volta.

A aventura traz um total de quatro zonas com três níveis cada, totalizando 15 fases para navegar. Todos funcionam da mesma forma: você tem cinco objetivos a cumprir, a cada tarefa cumprida você ganha um Pizza Planet Token. Se isso está lhe dando vibes de Super Mario 64, está correto! 

Os objetivos nas fases trazem uma variedade interessante como pegar 50 moedas espalhadas pela fase, encontrar cinco personagens perdidos, enfrentar mini chefes, etc. A melhor parte é que você pode fazer tudo na ordem que quiser!

Ao lado dos gráficos em 3D que tem a cara da geração, a trilha sonora é incrível. Com várias faixas tiradas diretamente do filme e com aquela qualidade de CD.

As habilidades do herói

É claro que em Toy Story 2: Buzz Lightyear to the Rescue, o cosmonauta estará armado com vários equipamentos e habilidades únicas. O famoso laser marca presença, assim como as asas acopladas e as botas a jato.

Ao descobrir novos itens, por exemplo, o fator replay do game acaba aumentando, pois assim fica possível acessar pontos nos estágios que antes eram difíceis. 

Juntar as habilidades e sentir que o protagonista fica cada vez mais poderoso é uma sensação ótima, pois realmente conseguimos notar o desenvolvimento do personagem durante as fases e desafios.

Com tudo isso, podemos concluir que o jogo é quase perfeito, não é?!

Infelizmente, os efeitos do tempo são um pouco mais visíveis nesta aventura.

Old but Gold

Por mais que tenhamos a chance de conhecer novos níveis, apenas três chefes deste game são personagens que aparecem no filme. Os outros são pouco criativos ou desinteressantes e, no máximo, são um pequeno incômodo ao invés de um desafio de verdade.

A câmera e o pulo também deixam muito a desejar. Muitas vezes, sofremos perdas de vidas simplesmente porque não conseguimos calcular corretamente a distância entre os objetos. Tudo isso pode trazer frustração ao jogador.

Outro ponto que me desapontou é o fato de que não há um real motivo para ir atrás dos famosos 100%. Nada de fases bônus ou artes conceituais. Dessa forma, é simplesmente mais divertido jogar a aventura de Toy Story 2: Buzz Lightyear to the Rescue do começo ao fim mais uma vez.

A jornada de Buzz vale a jogatina

Toy Story 2: Buzz Lightyear to the Rescue é um clássico sem dúvida alguma. Mesmo com os problemas citados, eles jamais me impediram de curtir e me divertir.

Claro que a falta de conteúdo bônus e variedade pode ser meio desapontador, mas esse jogo ainda tem muita personalidade e criatividade. Além disso, o nível justo de desafio é ideal para uma boa tarde de jogatina para matar a saudade.

Esse jogo conseguiu sair de uma pilha de jogos ruins de filmes e ir ao infinito e além.

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