Review: Street Fighter 6

Por Ricardo Syozi

A franquia de jogos de luta mais icônica de todos os tempos recebeu uma nova empreitada em junho de 2023, prometendo consertar os erros de seu antecessor e abraçar diferentes públicos. Se você é um jogador casual ou busca o lado competitivo, posso afirmar que Street Fighter 6 foi feito para você.

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Para os casuais

Para quem não quer ficar treinando combos e correr para as partidas online, há muito o que fazer no game da Capcom. Começando pelo modo World Tour, uma aventura com elementos de RPG e mundo aberto pelas ruas de Metro City, local famoso na série de beat’em up Final Fight.

Aqui, você cria um avatar e bate aquela perna em busca de rivais, enquanto se depara com personagens do jogo, como Ryu e Marisa. Há missões simples e outras mais complexas, porém, o que se destaca é a atenção aos detalhes que os desenvolvedores deram para esse modo. Não é uma grande cinemática com poucos momentos de porradaria, como na franquia Mortal Kombat. No World Tour, você tem a sensação de estar curtindo um game à parte do começo ao fim.

É verdade que a história não é comparável a outras obras, como The Witcher 3 ou The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom (seria uma comparação bastante injusta), mas ela consegue tranquilamente alcançar seu objetivo de entreter o jogador que busca por uma diversão descompromissada.

Além disso, é possível usar esse avatar no Battle Ground, modo online cheio de opções divertidas para todos os gostos, mas falaremos dele depois.

street fighter 6

Para os hardcore

Se você quer uma experiência mais velha guarda, na qual o foco é o bom e velho “contra”, então vale ligar Street Fighter 6 e seguir diretamente para o modo Fighting Ground. Por aqui, temos opções, como o modo arcade, para ver a história individual de cada personagem, por exemplo.

Há, também, tutoriais, guias e desafios para encarar. Tudo para testar a sua habilidade com seu lutador de rua favorito. Assim que definir seu personagem favorito, você poderá enfrentar outros jogadores ao redor do mundo em partidas casuais ou ranqueadas. Nessa parte, um ponto extremamente positivo no jogo é que o ranking fica atrelado ao boneco e não ao jogador. Isso quer dizer que você pode experimentar outros nomes nas lutas sem o medo de perder sua pontuação.

Tendo dito isso, preciso aplaudir o trabalho que a Capcom fez desde o lançamento do título no quesito jogatina online. Primeiramente, o uso de rollback netcode garante que a grande maioria dos confrontos rolem de forma incrivelmente tranquila. Isso é independente do usuários utilizar conexão Wi-Fi ou por cabo. O que é excelente.

Outro fator que merece elogio é o crossplay desde o começo, permitindo que donos de plataformas, como PlayStation, Xbox e PC possam se enfrentar. A qualidade da conexão é surpreendente, facilitando o matchmaking (encontro de partidas) e garantindo lutas suaves e com pouquíssimos momentos de queda. É claro que isso não impede os famosos “rage quitters” de saírem dos confrontos pouco antes de perderem, mas isso é um problema de respeito e não de conexão.

SF6

Para todo mundo

Por fim, os modos se mesclam no Battle Ground, opção exclusivamente online para os jogadores se encontrarem. Tudo é apresentado como um grande fliperama, com os avatares podendo se enfrentar ou participar de brincadeiras cooperativas. Você consegue chamar os players para alguns “contras” ou simplesmente assistir algumas lutinhas, enquanto toma um café.

É claro que o foco aqui é a interação. Você pode participar de clubes, mandar emotes, bater um papo etc. Se quiser testar algum personagem, basta chamar algum colega para confrontos sem compromisso ou peso de uma ranqueada. Ninguém precisa se levar a sério, o que é um ponto bastante positivo.

Vale apontar as máquinas espalhadas nesse modo com títulos passados da Capcom. Há a possibilidade de acessar obras, como Final Fight e SonSon, para se divertir e, quem sabe, terminar com uma única ficha virtual. 

Street Fighter 6

Vale a pena jogar Street Fighter 6?

Como o elenco inicial tem 18 lutadores de rua para você escolher, até as adições futuras via DLC pago não incomodam. Se o seu objetivo é curtir de maneira casual, com disputas de vez em quando, então há muito o que curtir em Street Fighter 6. Contudo, se quer melhorar seu jogo com o passar do tempo, vai ter que colocar dezenas de horas no 1x1, o que pode se tornar algo extremamente gratificante.

A Capcom acertou em cheio com esse título, alcançando algo pouco visto no mundo dos games: conseguiu agradar tanto gregos quanto troianos. Experimentar cada um dos modos é obrigatório, mas você pode decidir por qual caminho seguir assim que se sentir satisfeito. 

E esse é o principal ponto positivo do jogo: oferecer opções competentes em todas as vertentes. Street Fighter 6 vale cada centavo e cada momento na jogatina. Pode ir sem medo para o próximo round.

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